segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Investigação do caso Rei Gnob

Hoje apresento uma investigação sobre o caso do rei Gnob. 


Tânia Ramos – 1ª desaparecida em Junho de 2008 – 27 anos – namorada do Ivo Delgado          
Ivo Delgado – 2º desaparecido em Julho de 2008 – 22 anos
Joana Correia – 3ª desaparecida em Março de 2010 – 16 anos (menor de idade)

A investigação da Policia Judiciária foi para o terreno em Março de 2010, pelo facto dos dois primeiros desaparecidos serem maiores de idade e supostamente terem desaparecido de casa por vontade própria, pois os pais receberam mensagens a dizer que os respectivos filhos se encontravam em Espanha e França a trabalhar e que estavam bem.

No terceiro desaparecimento, a situação foi diferente, porque desde logo, a jovem em causa era menor de idade e já era coincidência a mais ser a terceira pessoa a desaparecer na mesma área num espaço de dois anos. Os pais suspeitaram que não estavam perante um simples desaparecimento, porque a escrita utilizada nas mensagens enviadas alguns dias depois do seu desaparecimento não correspondia à escrita da filha. De imediato participaram o desaparecimento à polícia.

O suspeito, de seu nome Francisco Leitão tem 42 anos, é uma pessoa excêntrica e esotérica mas tida pelos vizinhos como pacata e prestável, sempre pronto a ajudar os outros. Encontra-se divorciado e tem uma filha de 4 anos. Vive na região da Carqueja, concelho da Lourinha, numa casa que aparenta ser um palácio. Todas as entradas e saídas são vigiadas por 6 câmaras de vigilância. Sucateiro de profissão, negócio este herdado pelo pai. Desloca-se com frequência a Espanha. Na Carqueja, é conhecido por Chiquinho. É um amante da Internet, onde passa horas a fio a colocar os vídeos da sua autoria onde contrasta a sua excentricidade com o seu dia-a-dia. Tem cadastro por fraude fiscal e fuga ao fisco na ordem de um milhão de euros. Já foi inquirido anteriormente pela Policia Judiciária num caso de pedofilia e num outro de incêndio urbano. Faz-se acompanhar sempre de jovens e inclusive leva-os a discotecas e outros espaços de diversão nocturna. Apelida-se “Rei dos Gnomos” e “ Filho de Lúcifer”. Diz ser capaz de prever o fim do mundo e desafiar as leis da Natureza. O suspeito mora a 20 km de distância da Joana Correia, última jovem a desaparecer.

O motivo para os crimes foi passional. Pelo que se terá averiguado, o suspeito tem orientação homossexual. Gostava do Ivo Delgado que por sua vez, namorava com Tânia Ramos e ciúmes terão levado a fazer desaparecer e posteriormente assassinado a Tânia Ramos (desaparecida desde Junho de 2008) e posteriormente Ivo Delgado (desaparecido desde Julho de 2008).

Quanto, à terceira jovem desaparecida não é possível até ao momento esboçar a cronologia dos factos.
Sabe-se apenas que conheceu o suspeito, Francisco Leitão por intermédio de uma amiga, Ana Silva. No dia do desaparecimento, o suspeito foi busca-la a casa e disse-lhe que a tinha ido buscar para ela fazer uma surpresa ao seu suposto namorado. Desde então, desapareceu sem deixar rasto.

O suspeito fez uma grande encenação: ao ponto de enviar mensagens dos telemóveis das vítimas para os familiares a dizer que estava tudo bem e que o Ivo encontrava-se em Espanha a trabalhar no negócio da sucata do Francisco Leitão e que a Joana se encontrava em França a trabalhar num bar. As mensagens encobriram o desaparecimento. O suspeito esteve na casa das vítimas alguns dias depois de elas terem desaparecido para “auxiliar” nas buscas.
O suspeito foi durante dois anos buscar comida e dinheiro à casa dos familiares dos desaparecidos para levar supostamente às vítimas a trabalhar no estrangeiro. Nunca os familiares conseguiram falar com o Ivo que trabalhava em Espanha, porque a investigação policial aponta no sentido do Ivo já ter sido assassinado nessa altura e para não levantar suspeitas, levou um tio a Espanha para ver o sobrinho, mas chegando a uma rotunda disse e passo a citar:” Olha, já não vai ser possível ver o Ivo, ele passou agora mesmo naquela carrinha, tu não o viste, mas ele viu-te a ti”.    
Testemunhas ouvidas pela Policia Judiciária disseram ter visto Joana Correia a entrar no carro do Francisco Leitão na noite do desaparecimento. As mesmas testemunhas revelaram ainda que o carro nessa noite estava cheio de jovens.

Relativamente aos corpos dos três desaparecidos, não foram encontrados até ao momento. Nas buscas feitas pela Policia Cientifica na casa do suspeito, não foram encontrados vestígios da presença dos corpos. A investigação segue a linha que indica que o suspeito assassinou as três pessoas e muito provavelmente terá ocultado os cadáveres por esquartejamento ou terá enterrado as vítimas.
Durante o interrogatório da PJ (20/07/2010), o suspeito remeteu-se ao silêncio durante mais de cinco horas, optando pela estratégia de não falar. Já no Tribunal de Torres Vedras (21/07/2010), pediu um advogado oficioso e aconselhado pelo advogado começou a falar perante o juiz de instrução criminal que o começou a ouvir a partir das 18.00 e que suspendeu o interrogatório por volta das 20.45.
Continuou a ser ouvido no dia seguinte durante uma hora e meia. Terminado o interrogatório e por volta das 15:00, o juiz anunciou a medida de coacção já esperada: prisão preventiva.   

O suspeito deu informações contraditórias ao juiz de instrução criminal e não deu nenhuma informação sobre o local onde terá enterrado as três vítimas.
A prioridade da Policia Judiciária é encontrar os corpos das vítimas, mas para isso têm de descobrir o local onde os corpos foram enterrados.
Em curso, esteve uma inspecção à casa do suspeito e seus arredores para tentar descobrir vestígios da presença dos corpos. A casa é composta por inúmeros armazéns de pequenas dimensões, montes de lixo e entulho e animais que andam livremente na propriedade, circunstâncias que dificultaram o trabalho dos investigadores.
A investigação centrou-se no triângulo: Torres Vedras – Peniche – Lourinhã
Nos arredores do palácio, a PJ já passou a pente fino um pinhal que se localiza nas proximidades, mas não foram encontrados quaisquer vestígios.

A PJ admitiu a possibilidade de haver mais vítimas ligadas ao suspeito em anos transactos, ao longo dos últimos dez anos.
Para verificar a existência de mais vítimas ou não, a PJ investigou todas as pessoas desaparecidas na mesma área. Infelizmente as suspeitas confirmaram-se. As investigações policiais apontam para a existência de mais três vítimas alegadamente assassinadas pelo suspeito. Trata-se de um idoso conhecido por "Pisa-Lagartos" que desapareceu sem deixar rasto em 1995 e de dois jovens que habitualmente frequentavam o castelo e que também nunca mais foram vistos. Relativamente ao caso do idoso, aquando do seu desaparecimento, o tribunal declarou a sua morte presumida.

Peniche é neste momento um dos locais onde decorrem diligências, por causa de um vídeo colocado na Internet pelo suspeito, gravado num cemitério, em que o suspeito está a dançar em cima de uma jazigo e poderá ter sido o local onde as vitimas depois de assassinadas foram enterradas. Por via das dúvidas, o jazigo onde se encontra sepultada a mãe do suspeito, foi alvo de inspecção por parte da Policia Judiciária por causa de uma pedra de mármore partida num dos cantos e suposta movimentação do tampo do jazigo em causa., mas não foi encontrada nenhuma pista.

De qualquer forma, a PJ avançou que durante a investigação que já decorre há mais de quatro meses, foram recolhidas provas com sustentação sólida que indicam que o suspeito é o autor do triplo homicídio e da ocultação dos corpos. O suspeito é acusado do crime de homicídio das três pessoas desaparecidas e do crime de ocultação de cadáver. A moldura penal aplicável ao primeiro crime vai entre os oito e os dezasseis anos de prisão. Neste caso, na minha opinião não estamos perante um caso de homicídio simples (art.131º CP), mas sim perante um caso de homicídio qualificado (art.132º CP) cuja moldura penal varia entre os doze e os vinte e cinco anos de prisão. A designação correcta do segundo crime é profanação de cadáver (art.254º CP) e é punido com pena de prisão até dois anos ou pena de multa até 240 dias.
Não se adivinha fácil a localização dos corpos das três pessoas desaparecidas como já admitiu a Policia Judiciária pelo facto do suspeito remeter-se ao silêncio e quando presta declarações, elas são muito contraditórias e de pouca veracidade.     

 Face ao término do prazo da prisão preventiva, o MP já deduziu a acusação e indiciou Francisco Leitão da prática de quatro crimes de homicidio, quatro crimes de ocultação de cadáver, um crime de falsificação de documentos e outro de detenção de arma proibida.
As pericias forenses de que foi alvo revelam Francisco Leitão como um assassino frio e sem escrupulos. 

Em curso, a Policia Judiciária está a investigar os alegados abusos sexuais ocorridos numa espécie de masmorra descoberta nas traseiras da casa do suspeito. Terão sido abusados vários jovens que estariam drogados.

Os peritos do Instituto Nacional de Medicina Legal já elaboraram o relatório com o perfil psicológico do alegado homicida. Segundo o relatório, Francisco Leitão é manipulador, frio, narcisista, anti-social, psicopata, emocionalmente instável e perturbado. A principal conclusão é que o suspeito é imputável, logo pode responder pelos crimes que alegadamente cometeu.




sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O crime de violação em Portugal

Em 2010, registaram-se 424 casos de violação em Portugal. Os números são os mais elevados de sempre, mas infelizmente ficam muito aquém da realidade, uma vez que grande parte das vitimas não apresenta queixa ou elimina os vestígios que incriminam os agressores. Os casos de violação são cada vez mais violentos.
Muitas vitimas não apresentam queixa por medo ou por vergonha e outras quando ganham coragem para apresentar queixa por vezes é tarde de mais.

As vitimas têm tendência e naturalmente se compreende que queiram eliminar ou destruir tudo aquilo que as faça lembrar a violação. No entanto, as vitimas ao lavarem as roupas que utilizavam na momento da violação e ao lavarem os próprios corpos estão a destruir vestígios biológicos pertencentes ao agressor que são de uma enorme importância para a investigação das autoridades.
As vitimas destroem os vestígios porque não sabem os procedimentos que devem seguir nestes casos.

Assim sendo, se for vitima de violação deve seguir os seguintes conselhos:

  • Não lave as roupas que usava e guarde-as num saco
  • Não lave o corpo e dirija-se assim que puder a um hospital ou a um centro de saúde, solicitando a realização de exames médicos que confirmem a violação
  • Apresente queixa do crime às autoridades porque a abertura do procedimento criminal está dependente da vontade da vitima. 

Nos últimos dias, nas regiões de Lisboa e do Algarve, ocorreram vários casos de violação de turistas estrangeiras. A maioria dos casos, aconteceu no Algarve, destino muito procurado por esta altura para passar férias.


O primeiro caso aconteceu em Lisboa no passado dia 7 e teve como vítima, uma turista italiana com 25 anos, recém-licenciada, que tinha chegado a Lisboa na sexta feira dia 5, após uma viagem pela Europa, quando foi abordada  junto à estação de metro de Arroios, por um homem que se ofereceu para lhe indicar o caminho do hotel mas acabou por levá-la para a pensão onde estava hospedado. O sequestro durou até domingo, quando a italiana conseguiu fugir.
O agressor foi presente ao tribunal, mas o juiz deixou-o sair em liberdade, ficando apenas obrigado a apresentar-se quinzenalmente na esquadra. 


O ultimo caso, ocorreu no inicio desta semana no Algarve, quando uma turista italiana de 30 anos foi arrastada para o areal por três indivíduos quando estava na rua a fumar um cigarro. No areal, enquanto dois indivíduos a agarravam, o terceiro consumava a violação. Os três agressores já foram identificados pela Policia Judiciária, mas como a vitima preferiu não apresentar queixa, não serão alvo de acusação e detenção. A vitima quer esquecer o terror que viveu e coloca assim um ponto final.


 Preocupa o facto de se saber que a taxa de reincidência neste crime é muito elevada.

Face à gravidade do crime e ao aumento do número de casos, continua a fazer sentido que o crime de violação careça de queixa por parte da vitima para a abertura de procedimento criminal?





terça-feira, 16 de agosto de 2011

Perigos presentes nas praias

Em plena época balnear, milhares de portugueses aproveitam o tempo quente para ir à praia, refrescarem-se no mar, bronzearem o corpo e deixarem as crianças, brincarem na areia.
Porém, apesar da praia ser um óptimo local para se passar as férias, a verdade é que existem perigos na qual temos de estar atentos.

Destaco os seguintes perigos:

  • Afogamentos
  • Quedas de Falésias
  • Furtos (com recurso aos métodos do esticão e carteirista) 
  • Poluição  

Ano após ano, dezenas de pessoas morrem nas praias, vitimas de afogamento. Infelizmente, a maioria dos afogamentos ocorre nas praias fluviais, pelo facto de estas praias não serem vigiadas por um nadador-salvador, ao contrário do que se passa com as outras praias. 
Para inverter este cenário negro, cada um de nós deve assegurar a sua própria segurança. Para tal, é importante seguir alguns conselhos como:
  1. Respeitar sempre a indicação das bandeiras
  2. Não se "aventure" no mar. Não se distancie demasiado da praia. 
  3. Muita atenção às correntes marítimas
  4. Se tem consigo crianças, muita atenção. Tenha as crianças sempre debaixo de olho e não as deixe ir sozinhas ao mar. Se as crianças pretenderem ir até à água, devem estar equipadas com braçadeiras e colectes salva-vidas e um adulto deve acompanha-las.
 Para uma criança se afogar, não é necessário uma grande profundidade. Basta um palmo ou dois de agua.  

As falésias têm dado que falar nos últimos tempos. Quem não se recorda da queda da falésia na praia Maria Luísa em Albufeira que vitimou cinco pessoas e ainda causou ferimentos em três pessoas há dois anos?
Ontem, na praia de S.Bernardino em Peniche, seis pessoas ficaram feridas na sequência da queda de uma falésia.

Os avisos alertando para o perigo continuam a ser ignorados, e se a atitude das pessoas não mudar, mais casos surgirão nos próximos tempos. O conselho que deixo é que não ignorem os avisos. Se encontrarem uma placa que proíbe a aproximação da falésia, respeitem e desloquem-se para outro local, porque se arriscarem, de um momento para o outro, ela face à sua instabilidade pode cair e resultar em desfechos trágicos.

Outra chamada de atenção vai para os furtos que ocorrem . Na ida ao mar, algumas pessoas aproveitam para furtarem o que está à mão, aproveitando a falta de vigilância. 
A fim de evitar ser mais uma vitima dos larápios, nunca deve deixar a sua tenda sem ninguém a vigia-la. Se tem consigo mais pessoas, nunca devem ir todos ao mar simultaneamente e não pense que está seguro e que não lhe vai acontecer nada. As coisas acontecem quando menos se espera.

Por fim apelo ao civismo dos utentes da praia para que não a poluam e a deixem tal e qual como a encontraram.



    




sábado, 13 de agosto de 2011

Acidentes domésticos

O tema de hoje é os acidentes domésticos.

Diariamente, todos nós não estamos livres de escorregar, tropeçar em algum obstáculo, cairmos à agua acidentalmente, ingerir um produto tóxico pelo facto do frasco não ter rótulo ou do rotulo estar trocado...
Apesar de me ter referido a todos nós, a minha chamada de atenção vai especialmente para as crianças cuja probabilidade de ocorrer um acidente doméstico é mais elevada, fruto da própria natureza das crianças, já que gostam de mexer em tudo.

Muitos dos acidentes domésticos resultam em lesões graves ou até mesmo na perda de vidas humanas.
No entanto, podemos evitar a sua ocorrência seguindo algumas precauções:

  • Os produtos tóxicos devem estar guardados em local apropriado e longe do alcance das crianças.
  • Todos os produtos devem ter rótulo.
  • As piscinas, tanques e poços devem estar protegidos através de vedações ou grades e devidamente sinalizados, por  forma a que as crianças não consigam entrar e correrem o risco de se afogarem.
  • As tomadas eléctricas devem um mecanismo de protecção próprio de modo a impedirem as crianças de apanharem choques eléctricos, por introduzirem os dedos ou quaisquer objectos.
  • Quando tiver a intenção de oferecer um brinquedo a uma criança, tenha em atenção a idade recomendada e as indicações apresentadas ( p.ex. normas da UE).
  • Atenção aos brinquedos muitos pequenos (ditos "brindes"), porque podem causar asfixia.
  • Na praia, num parque aquático ou na piscina de casa, vigie sempre a criança e não tire os olhos dela nem por um segundo. A mais pequena "falha" pode ser fatal. Nestas situações, o risco de afogamento é muito elevado. A morte por esta causa é rápida e silenciosa. Quando se aperceber, já é tarde de mais e não há nada que possa fazer. As crianças devem usar sempre braçadeiras e colectes salva-vidas.
  • Nas varandas, a grades de protecção tem de ter no mínimo 110 cm de altura e a distância entre os prumos não deve ser superior a 10 cm.
  • Não cubra os aquecedores e os candeeiros pois existe o perigo de deflagração de um incêndio.
  • Tenha os corredores, as entradas e as saídas desobstruídas sem móveis ou outros obstáculos por perto, de modo a facilitar a passagem. 
  • Se utiliza banheira, coloque um tapete antiderrapante de forma a evitar quedas. Com a superfície molhada, facilmente pode desequilibrar-se e cair.
  • Não deixe uma criança sozinha na cozinha, pois são muitos os perigos à espreita como o fogão, facas e outros objectos cortantes e perfurantes, tomadas eléctricas,  produtos tóxicos além de muitos outros.        


Se seguir estes e outros conselhos, diminui consideravelmente as hipóteses de ter um acidente doméstico.





quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O tribunal de Torres Vedras acautelou a protecção das vitimas?



Motorista escolar suspeito de abusos sexuais em Torres Vedras.



"Um homem é suspeito de ter abusado sexualmente de cinco meninas entre os 3 e os 10 anos em Torres Vedras. Trata-se do antigo motorista escolar da Junta de Freguesia de Outeiro da Cabeça. Os abusos terão sido cometidos durante mais de quatro anos. Uma das menores que terá sido abusada é familiar do suspeito e continua a visitar o arguido, com autorização dos pais, na casa onde o homem está em prisão domiciliária".


Apresento este caso da qual tive conhecimento hoje, que chocou-me e na qual questionei-me se a decisão do tribunal foi correcta, ao colocar um individuo suspeito de abusar de várias crianças em prisão domiciliária a poucos metros das casas onde elas vivem. As vitimas e os seus familiares estão constantemente sujeitos a uma grande pressão psicológica e as vitimas amedrontadas com medo de que os abusos possam acontecer de novo. É um trauma que não vai desaparecer ao saberem que o individuo que as abusou está em casa a poucos metros delas.

Aconselho vivamente a visualização da reportagem que pode ser vista acedendo  http://sicnoticias.sapo.pt/pais/article724991.ece


Gostaria de saber a vossa opinião relativamente a este caso.




Terrorismo Urbano

Nos últimos cinco dias, o Reino Unido tem enfrentado a pior onda de violência dos últimos trinta anos. Tudo começou com morte de um individuo de 28 anos que foi baleado pela policia por não obedecer à ordem de paragem dos agentes de autoridade. O individuo em causa era tido como um bom pai de família e uma boa pessoa incapaz de fazer mal a quem quer que fosse.

Aliada a esta situação, os jovens aproveitaram também para mostrarem ao governo o seu desagrado perante a situação que atravessam, uma vez que grande percentagem dos jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos estão sem trabalho e colocados à margem da sociedade.

Os motins tiveram inicio nos arredores de Londres, onde se situam os bairros mais pobres e desfavorecidos do Reino Unido. Em poucas horas se alastraram a outras cidades como Manchester, Liverpool e Birmingham.

Prevê-se que face à imposição das medidas de austeridade, a situação piore e apareçam com mais frequência estas ondas de contestação violentas. Basta recordarmos da situação idêntica que teve lugar na Grécia, em que os jovens com o apoio de grupos anarquistas semearam o pânico e o terror, destruindo tudo aquilo que encontravam pela frente.
Nada justifica esta onda de violência que já causou prejuízos na ordem das centenas de milhões de libras. Há ainda a lamentar a morte de quatro pessoas.

Os criminosos, na sua maioria terão entre 10 e 18 anos e actuam de cara tapada para evitarem que as autoridades os identifiquem. Não mostram respeito por ninguém e causam o máximo de destruição. É lamentável ver na televisão, os jovens a partirem as montras, a pilharem o que lhes apetece e a incendiarem edifícios e habitações sem que ninguém os impeça e ainda se acham os maiores por conseguirem desafiar as autoridades.

Estes actos terroristas são de uma enorme gravidade e por isso a justiça britânica tem de ter mão pesada sobre quem os comete.

 Penso que a actuação das autoridades britânicas devia ter sido mais firme e mais rápida de forma a não permitirem que os conflitos se prolongassem durante cinco dias.
Depois da policia limpar as ruas e restabelecer a ordem, deve haver uma profunda reflexão sobre o que aconteceu de forma a apurar responsabilidades.
O Reino Unido nos últimos dias transformou-se numa selva. Episódios como estes não podem voltar a acontecer.






  As imagens são da autoria da agência Reuteus 

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Em 2010, a linha SOS Criança recebeu 2982 chamadas.


A linha SOS Criança divulgou os dados relativos a 2010.


A linha SOS-Criança recebeu 2.982 chamadas em 2010. Mais de metade dos casos eram crianças até aos cinco anos, sendo a negligência e os maus tratos familiares as maiores problemáticas num ano em que chegaram 
76 denúncias de abusos sexuais. 








terça-feira, 9 de agosto de 2011

43 mulheres, vitimas de violência doméstica perderam a vida em 2010.

Apesar das alterações legislativas realizadas nos últimos anos relativamente à violência doméstica, o problema continua por resolver e a verdade é que os dados são cada vez mais negros.
Em 2010, morreram em Portugal 43 mulheres, vitimas de violência doméstica, o que corresponde a um aumento de 14 vitimas em relação ao ano de 2009. Nesse ano, morreram nas mesmas circunstâncias, 29 mulheres.

Em 2010, 39 mulheres foram vitimas de tentativa de homicídio. Embora, as agressões não tenham sido fatais, a gravidade das lesões deixou muitas mulheres incapacitadas para toda a vida, além das marcas psicológicas que ficam.

Penso que o problema não está na lei, mas na sua aplicação por parte dos tribunais e na mentalidade que a sociedade tem relativamente às mulheres.

Os dados foram disponibilizados pela União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) e podem ser consultados em detalhe em http://www.umarfeminismos.org/~umarfemi/index.phpoption=com_content&view=article&id=326&Itemid=126



Mais um caso de abuso sexual de crianças...



DETENÇÃO DE SUSPEITO PELA PRÁTICA DO CRIME DE ABUSO SEXUAL DE CRIANÇAS

05/08/2011

A Polícia Judiciária, através da Directoria do Sul, identificou e deteve um homem pela presumível prática de um crime de abuso sexual de crianças.
O suspeito, aproveitando-se do facto de exercer funções de apoio num estabelecimento de ensino no barlavento algarvio, aliciava crianças com dinheiro e prendas, para as levar à prática de actos sexuais e realização de vídeos e fotografias pornográficos.
Durante a investigação foram identificadas todas as vítimas que mantiveram contacto com o arguido e foram apreendidas as filmagens e fotografias que este executou.
O detido, de 51 anos de idade, vai ser presente às autoridades judiciárias para aplicação das medidas de coacção tidas por adequadas.




A  propósito do ultimo tema publicado, venho dar conhecimento de mais um caso de abuso sexual de crianças praticado por uma pessoa que lidava com elas diariamente. O suspeito em questão era porteiro numa escola básica em Albufeira e depois de ter sido ouvido durante duas horas em tribunal ficou em prisão domiciliária com a proibição de contactar com menores à excepção do seu filho de 16 anos com quem vive.

domingo, 7 de agosto de 2011

O aliciamento de crianças e jovens e a problemática da pedofilia

O tema de hoje é o aliciamento de crianças e jovens com vista à prática de actos de natureza sexual que nos remete para a problemática do abuso sexual, da pedofilia e da pornografia infantil.

Nos últimos tempos, temos sido confrontados com a divulgação por parte dos meios de comunicação social de vários casos em que crianças tinham sido aliciadas e abusadas sexualmente por pessoas da sua confiança que lidavam com elas diariamente como professores, auxiliares de acção educativa, pessoas que desempenham funções em estabelecimentos de ensino, monitores em colónias de férias entre outros.
A divulgação destes casos gerou um clima de medo e insegurança na sociedade porque paira sempre no ar o medo de que situações idênticas voltem a acontecer junto daqueles que nos são mais próximos.

Em parte, a existência destes casos explica-se pelo facto de muitas pessoas sofrerem de uma perturbação sexual como é o caso da pedofilia.
A pedofilia é uma preferência pela actividade sexual com crianças pequenas (geralmente com 13 anos de idade ou menos). O pedófilo que em regra é pelo menos 5 anos mais velho que a criança vitima tem um desejo de ter actividades sexuais com crianças. Os impulsos são difíceis de controlar, mas existe tratamento para esta perturbação. A prisão nos moldes em que está hoje, não é benéfica para o pedófilo porque não altera os desejos nem as fantasias do pedófilo.

Associada à pedofilia, está a pornografia infantil, em que os abusos sexuais são filmados e depois o conteúdo é disponibilizado nos sites da especialidade. Uma parte destes sites está referenciada pelas autoridades que estão a investigar a origem dos sites e as pessoas que os visitam. Desde 2007, a Policia Judiciária abriu 364 processos de investigação a sites de pornografia infantil.

É possível prevenir este tipo de criminalidade seguindo alguns conselhos:

  • Nas deslocações casa-escola, as crianças não devem fazer o percurso sozinhas e se possível devem andar sempre grupo.
  • Na escola ou num local frequentado por crianças, tenha atenção às pessoas que demonstram uma atenção especial por algumas delas. Essas pessoas podem indiciar ter segundas intenções.
  • As crianças e jovens nunca devem aceitar presentes (dinheiro, guloseimas...) oferecidos por desconhecidos.
  • Esteja atento aos sinais exteriores manifestados pelas crianças, que podem revelar situações de abuso sexual.
  • Não duvide do que a criança conta. Normalmente as crianças não inventam nem têm fantasias sexuais, pelo menos até à fase da pré-adolescência.
  • As crianças e os jovens não devem aceitar boleia de desconhecidos. Se algum os abordar, devem correr e gritar por ajuda.
  • Ao entrar num táxi, fixem discretamente a matricula.
  • Numa discoteca ou num bar, não aceite bebidas oferecidas por alguém (trazidas até si) e não beba bebidas ou substâncias que não conhece.
  • Não beba em demasia..
  • Não aceite encontros combinados por outra pessoa (um intermediário).
  • Contem sempre aos vossos pais se alguém vos abordar ou se alguém que conheceram através da Internet, estiver a ter conversas impróprias ou ofensivas.
  • Se algum desconhecido, quiser marcar um encontro, levem por segurança um adulto e se necessário comuniquem o sucedido às autoridades. Cuidado porque pode ser a próxima vitima.
  • No caso de ter sido vitima de violação, mantenha a calma e tente fixar o maior número de indicadores que lhe permitam descrever o agressor: cor e corte do cabelo; cor dos olhos; cicatrizes; sotaque; outras características, quer do agressor, quer do veículo, se existir, como, marca, cor, matrícula, etc...
  •  Não se lave e conserve todas as peças de roupa que vestia na altura da violação.   

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O assédio sexual no trabalho

O tema de hoje é o assédio sexual no trabalho.


Este problema que afecta principalmente as mulheres registou nos últimos anos um aumento do número de casos.
Chama-se assédio sexual no local de trabalho a "qualquer comportamento ou manifestação, por palavras, gestos ou acções, de natureza sexual, não desejado pela pessoa a quem se destina e que se considera, portanto, ofensivo".
O assédio sexual é uma forma de violência e um atentado à dignidade da mulher que deixa marcas irreparáveis.
A situação é ainda mais grave quando há situações de dependência profissional, de trabalho precário, de falta de qualificação profissional e de desemprego.  

As ofendidas, como se encontram numa situação de inferioridade face à entidade patronal e com o receio de perder o emprego não denunciam estes casos e por essa razão, os dados e as estatísticas que existem não são representativas da total dimensão do problema.


No entanto, em 2009 só foi apresentada uma queixa de assedio sexual no trabalho. 
O assedio sexual no trabalho afecta 40% das mulheres em Portugal.
Estima-se que 1 em cada 3 mulheres seja vitima de assedio sexual no trabalho.


A sociedade não pode continuar a permitir que as mulheres sejam tratadas como um objecto. Estas situações têm de ser denunciadas às forças de segurança, à Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) e ao sindicato.


"Como pode evitar-se o assédio sexual? Como?



Em primeiro lugar é importante saber que o assédio sexual não é normal nem faz parte da vida do trabalho.
É fundamental que as mulheres:
  • estejam informadas sobre os seus direitos;
  • estejam atentas: o assédio sexual pode, por vezes, começar com o que parece ser uma simples brincadeira;
  • reprimam toda e qualquer tentativa de assédio sexual;
  • denunciem a prática de actos ofensivos da sua dignidade e dos seus interesses profissionais;
  • estabeleçam relações de trabalho assentes no respeito e na cortesia."


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O elevado número de suicídios na policia

Nos últimos anos, o numero de suicídios na policia tem aumentado consideravelmente. Esta situação muito preocupante merece uma grande reflexão e uma mudança de atitude por parte das altas patentes das forças de segurança.
Só no ano de 2008, suicidaram-se 14 policias. 
Os excertos que se seguem referem-se aos depoimentos de três policias que falam da sua profissão, do seu dia-a-dia e do tratamento que a instituição que servem com todo o empenho e dedicação tem para com eles.
Pelos depoimentos, vamos perceber quais os motivos que levam os agentes de autoridade a por termo à vida. 




"Os polícias não sabem como sair deste buraco em que se encontram, com tantos problemas financeiros por terem salários muito baixos, trabalho em excesso, falta de tempo para descansar nem acompanhar o crescimento dos filhos."


 "E não têm apoio da instituição PSP nem da família, que deixa de os querer por estarem sempre ausentes. Acabam por ficar sozinhos."


"Infelizmente, ainda vai haver mais situações destas, porque pensam que o suicídio resolve todos os problemas. Acaba-se tudo..."


"Este trabalho exige sanidade mental a 100%." 


"Muita gente depende da minha capacidade de resposta."


"Sinto-me muito fragilizada como pessoa e profissional. Mas foi a própria instituição que me levou a isto, porque não dá incentivos. Nem que fosse só por palavras para reconhecer o trabalho que se fez e dar apoio moral às pessoas"

Com os olhos rasos de lágrimas, lembrou ter trabalhado dois anos com crianças vítimas de violação: "Isso afecta psicologicamente uma pessoa. E a PSP não vê isso. Só demonstra falta de respeito. É isso que me revolta. Retirarem o valor de uma pessoa. Não consigo aceitar isto."

"Já dei muito à polícia e a polícia a mim deu-me zero. Foi aqui que aprendi a ser mulher. Dei a minha vida toda à PSP. E pela PSP deixei de dar atenção à família e aos filhos. Tudo para defender a bandeira nacional e a minha farda", diz, com uma tristeza no olhar. Desiludida, frisa que "o sonho comanda a vida. E quando uma pessoa deixa de ter sonhos, a vida deixa de fazer sentido".


"Eu perdi todos os amigos que tinha antes de entrar para a PSP, porque deixou de haver tempo para manter essas amizades. Há um corte com o mundo civil e em toda a vivência. Aos polícias só restam os polícias. Não há horas para comer, dormir nem para nada. Faço um turno, mas pode-se prolongar por mais de sete horas se houver uma detenção ou outra ocorrência".

Há muitos agentes que não vivem, só sobrevivem, porque não têm tempo livre nem dinheiro. Só ganham 700 ou 800 euros por mês".


Há agentes com meia dúzia de meses na PSP, que já estão tão desanimados com isto, que só desejam arranjar outro emprego e largar a PSP. Na minha esquadra, já ouvi mais de 40 agentes novos a dizerem isso".


"Entrei em baixa psiquiátrica pelo grande desgaste em que me encontrava. Entretanto, foi-me detectada doença bipolar e a corporação não me ajuda em nada. Por isso, muitos como eu tentam pôr termo à vida", refere João, que tem uma certeza: "Se pudesse voltar atrás, não teria ingressado na PSP."


Em 2007, a junta médica superior da PSP considerou-o "apto para retomar o serviço", enquanto a sua psiquiatra particular dizia que não estava em condições: "Fiquei muito transtornado com aquilo tudo. Estava em casa e não sei o que me passou pela cabeça. Ingeri grandes quantidades de medicamentos.
Senti-me muito mal e, quando me dirigi à esquadra para pedir auxílio, peguei numa coisa qualquer e parti as vidraças das instalações."


"Detiveram-me por danos voluntários. Estive oito horas detido na esquadra e algemado como se de um bandido se tratasse. Fui levado a tribunal e constituído arguido por ter feito um prejuízo de 190 euros"

"Em vez de me ajudarem, porque estava mal psicologicamente, fui detido e tratado como um animal irracional. Se o mesmo tivesse sucedido com um cidadão comum, ele teria sido assistido e conduzido aos serviços médicos."


"Não recorro aos serviços de psicologia da PSP, porque não confio neles. É um sistema que tem de ser remodelado para trabalhar para e com os polícias e não apenas para a PSP"

"Sinto que a minha vida desapareceu. Perdi a minha família, os meus amigos. Tive de vender a casa para pagar aos advogados", queixa-se João.


"E a principal razão (para os suicídios) é a falta de descanso. Os polícias ganham mal e, para terem mais algum dinheiro, têm de fazer serviços gratificados, ficando sem tempo para descansar",


"No outro dia, elementos do meu grupo entraram de serviço às 00.30. Às 04.30 detiveram três indivíduos por assalto a vários estabelecimentos comerciais e depois estiveram a fazer o expediente até às 21.30, porque aquilo era complicado e envolvia uma série de casos. Depois voltaram a pegar ao serviço à meia-noite até às 06.30. Às 10.00 tiveram de ir para tribunal com os suspeitos e aquilo prolongou-se até às 19.00. Portanto, estiveram praticamente dois dias seguidos a trabalhar sem descanso"




Artigo do DIÁRIO DE NOTÍCIAS | 12.11.2008



quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O trabalho das forças de segurança

As forças de segurança são compostas por mais de quarenta mil elementos, que asseguraram a segurança e a ordem pública em Portugal.
O trabalho destes homens e mulheres não é fácil, porque diariamente se vêem confrontados com muitas
dificuldades.

Nos últimos anos, as nossas policias foram objecto de preocupação do poder politico, face ao aumento da criminalidade e às criticas do sindicato que denunciou as condições por vezes desumanas dos agentes de autoridade.
O enorme investimento possibilitou a requalificação de muitas esquadras e a construção de novas esquadras, a aquisição de armas, colectes à prova de bala e centenas de novas viaturas bem como a instalação do novo sistema de comunicações, o SIRESP.

Há que reconhecer que as policias portuguesas encontram-se ao nível das congéneres europeias e é lhes reconhecido mérito.

No entanto, ser policia nos dias de hoje é muito difícil.

Em primeiro lugar, deparam-se em muitas esquadras com a falta de viaturas, tendo os próprios agentes de se deslocarem em viatura própria, apanharem um táxi ou indo de transportes públicos.
Em segundo lugar, muitos policias trabalham quase todo o dia, repartindo o tempo entre o horário de serviço e os serviços gratificados, não dormindo quase nada, porque se trabalharem apenas o horário de serviço, o baixo salário que recebem mal dá para pagar as despesas do mês.
Em terceiro lugar, os policias que arriscam as suas vidas pelos outros todos os dias, não estão protegidos pelos colectes à prova de bala que possuem e por vezes os criminosos têm armas mais fortes que os próprios policias.
Anteriormente referi-me aos elementos da Guarda Nacional Republicana e da Policia de Segurança Pública.

A situação dos profissionais da Policia Judiciária é diferente e bem melhor. Actualmente, a Policia Judiciária é considerada uma das melhores policias de investigação criminal da Europa, apresenta elevadas taxas de eficácia na resolução dos casos e está equipada com material de qualidade. Conta com a cooperação e o enorme contributo do Laboratório da Policia Cientifica (LPC), 


terça-feira, 2 de agosto de 2011

Internet Segura

O tema de hoje é a Internet Segura.

A Internet é nos nossos dias, um importante meio de comunicação e informação, da qual já ninguém consegue viver sem ela, dada a sua utilidade no dia-a-dia.
No entanto, são muitos os perigos que a Internet esconde. 

A Internet deve ser utilizada moderadamente e com cuidado redobrado, especialmente quando os utilizadores são as crianças.

No que respeita às crianças, os maiores perigos a que estão sujeitas são a visualização de conteúdos impróprios e o aliciamento por parte dos predadores sexuais através das redes sociais.
Relativamente aos adultos, os maiores perigos são o phishing bancário e o roubo de informações e conteúdos pessoais.

O Phishing consiste em utilizar métodos variados que levam o cibernauta a revelar dados pessoais e confidenciais, como os seus números de cartão de crédito, informação de contas bancárias, números de segurança social, passwords e outros. Os métodos utilizados são o SPAM, mensagens de pop-up ou e-mails a pedir a confirmação de dados, fazendo crer os utilizadores que o email está a ser enviado pela entidade bancária. 

Para estarmos livres destes e de outros perigos, há certos cuidados a ter tais como:  
  • Lembre-se que as entidades bancárias não pedem a confirmação dos dados da sua conta bancária seja por e-mail ou por qualquer outro meio. 
  • Para aceder ao serviço HomeBanking, não aceda através do motor de pesquisa, mas sim, inserindo o website completo.
  • Tenha um antivirus instalado no seu computador e mantenha-o frequentemente actualizado.
  • Pense bem antes de inserir no seu perfil de uma rede social, a sua imagem e os seus dados pessoais como a morada, o numero de telefone, o seu e-mail entre outros.
  • Esteja atento e acompanhe as crianças quando elas estão na Internet, nomeadamente quando estão a falar com desconhecidos que na maioria dos casos têm segundas intenções e que podem estar a alicia-las para terem um encontro.
  • Converse com frequência com os seus filhos, a fim de saber, o que fazem na Internet, se conheceram alguém nas redes sociais, se mantém contacto com frequência...
  • Se algum desconhecido, aliciou e marcou um encontro a fim de se encontrar com uma criança ou se enviou alguma mensagem de cariz insinuante, obscena, agressiva ou que sugira fins menos lícitos, denuncie a situação de imediato às autoridades, nomeadamente à Policia Judiciária.


Aconselho a visualização dos vídeos que a seguir apresento.



Conselhos Úteis 



Os perigos da Internet para os mais novos



 Chamada de atenção para o fenómeno do Phishing
Video da autoria da Policia Judiciária



Mais informações em http://www.internetsegura.pt/

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Divulgação de dois Websites

A todas as pessoas, vitimas de violência doméstica, aos profissionais das diversas áreas que lidam diariamente com estes casos, aos familiares e amigos das vitimas e todos os interessados recomendo que visitem o endereço  http://www.portalseguranca.gov.pt/Infografias_MAI.html

Nele encontrarão conselhos muito úteis.

O 2º Website vai sensibilizar todas as pessoas para a importância da segurança rodoviária e para as consequências que determinados comportamentos de risco implicam. 
O site está disponível em http://www.ansr.pt/Portals/0/minisite/index.html



Tráfico de Seres Humanos

O tema de hoje é o tráfico de seres humanos.

O tráfico de seres humanos é um fenómeno que afecta milhões de pessoas em todo o mundo. A ONU define "Tráfico de Pessoas" como o "recrutamento, transporte, transferência, alojamento ou acolhimento de pessoas, por meio de ameaça ou uso de força, rapto, coacção, fraude, engano, abuso de poder ou de uma posição de vulnerabilidade da vítima em relação ao explorador, ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha controlo sobre outra pessoa, para fins de exploração”.

Mais recentemente, a UE incluiu no conceito de tráfico de pessoas a mendicidade forçada e a coacção para a prática de furtos.


As formas de exploração mais recorrentes são a exploração sexual e a exploração laboral. 
Segundo o Relatório Global da UNODC sobre Tráfico de Pessoas, a exploração sexual foi a forma mais 
observada mundialmente de tráfico (79%), seguida do trabalho forçado (18%).


No ano passado em Portugal foram realizadas 3.048 acções de combate à imigração ilegal e tráfico de pessoas, tendo existido um total de 28 crimes de tráfico registados por autoridades policiais.

Lembre-se que as vítimas de tráfico podem ter qualquer idade e ser de qualquer género.


Chama-se atenção para o facto de muitas vezes se confundir o tráfico de pessoas com a imigração ilegal.


O quadro que se segue apresenta as diferenças:



Tráfico de Seres Humanos
Imigração Ilegal
Tem de envolver um elemento de força, fraude ou coação (real, percebida ou implícita), a não ser que esteja em causa o envolvimento de um menor
O indivíduo em caso de imigração ilegal, geralmente coopera, no seu interesse.
Os indivíduos traficados são vítimas
No caso do crime de imigração ilegal, os indivíduos não são vítimas, antes encontra-se em violação da lei
Escravatura, limitação de movimentos, isolamento, sonegação de documentos
As pessoas são livres de partir, mudar de emprego, etc…
Não implica necessariamente a transposição de fronteiras internacionais
Facilita a entrada ilegal de um indivíduo num país que não o seu.
O indivíduo traficado é forçado a trabalhar.
A imigração ilegal implica, apenas, o cruzamento de uma fronteira internacional.
Quem está em violação da lei são os traficantes, ao usufruir dos indivíduos, como se os mesmos fossem mercadorias
Os indivíduos estão a violar a lei, através da entrada, ou permanência, ilegal no país.



O tráfico de seres humanos é um crime público. Se suspeitar que uma pessoa possa ser vítima de tráfico de seres humanos, não se limite a assistir nem tente resgata-la sozinha.  
Em vez disso, denuncie a situação, ligando para a Linha Tráfico de Seres Humanos através do 964 608 288 ou para a Linha SOS Imigrante através do 808 257 257 ou apresentando queixa junto da policia (PSP, GNR, SEF ou PJ) ou acedendo ao Sistema de Queixa Electrónica do MAI.