domingo, 7 de agosto de 2011

O aliciamento de crianças e jovens e a problemática da pedofilia

O tema de hoje é o aliciamento de crianças e jovens com vista à prática de actos de natureza sexual que nos remete para a problemática do abuso sexual, da pedofilia e da pornografia infantil.

Nos últimos tempos, temos sido confrontados com a divulgação por parte dos meios de comunicação social de vários casos em que crianças tinham sido aliciadas e abusadas sexualmente por pessoas da sua confiança que lidavam com elas diariamente como professores, auxiliares de acção educativa, pessoas que desempenham funções em estabelecimentos de ensino, monitores em colónias de férias entre outros.
A divulgação destes casos gerou um clima de medo e insegurança na sociedade porque paira sempre no ar o medo de que situações idênticas voltem a acontecer junto daqueles que nos são mais próximos.

Em parte, a existência destes casos explica-se pelo facto de muitas pessoas sofrerem de uma perturbação sexual como é o caso da pedofilia.
A pedofilia é uma preferência pela actividade sexual com crianças pequenas (geralmente com 13 anos de idade ou menos). O pedófilo que em regra é pelo menos 5 anos mais velho que a criança vitima tem um desejo de ter actividades sexuais com crianças. Os impulsos são difíceis de controlar, mas existe tratamento para esta perturbação. A prisão nos moldes em que está hoje, não é benéfica para o pedófilo porque não altera os desejos nem as fantasias do pedófilo.

Associada à pedofilia, está a pornografia infantil, em que os abusos sexuais são filmados e depois o conteúdo é disponibilizado nos sites da especialidade. Uma parte destes sites está referenciada pelas autoridades que estão a investigar a origem dos sites e as pessoas que os visitam. Desde 2007, a Policia Judiciária abriu 364 processos de investigação a sites de pornografia infantil.

É possível prevenir este tipo de criminalidade seguindo alguns conselhos:

  • Nas deslocações casa-escola, as crianças não devem fazer o percurso sozinhas e se possível devem andar sempre grupo.
  • Na escola ou num local frequentado por crianças, tenha atenção às pessoas que demonstram uma atenção especial por algumas delas. Essas pessoas podem indiciar ter segundas intenções.
  • As crianças e jovens nunca devem aceitar presentes (dinheiro, guloseimas...) oferecidos por desconhecidos.
  • Esteja atento aos sinais exteriores manifestados pelas crianças, que podem revelar situações de abuso sexual.
  • Não duvide do que a criança conta. Normalmente as crianças não inventam nem têm fantasias sexuais, pelo menos até à fase da pré-adolescência.
  • As crianças e os jovens não devem aceitar boleia de desconhecidos. Se algum os abordar, devem correr e gritar por ajuda.
  • Ao entrar num táxi, fixem discretamente a matricula.
  • Numa discoteca ou num bar, não aceite bebidas oferecidas por alguém (trazidas até si) e não beba bebidas ou substâncias que não conhece.
  • Não beba em demasia..
  • Não aceite encontros combinados por outra pessoa (um intermediário).
  • Contem sempre aos vossos pais se alguém vos abordar ou se alguém que conheceram através da Internet, estiver a ter conversas impróprias ou ofensivas.
  • Se algum desconhecido, quiser marcar um encontro, levem por segurança um adulto e se necessário comuniquem o sucedido às autoridades. Cuidado porque pode ser a próxima vitima.
  • No caso de ter sido vitima de violação, mantenha a calma e tente fixar o maior número de indicadores que lhe permitam descrever o agressor: cor e corte do cabelo; cor dos olhos; cicatrizes; sotaque; outras características, quer do agressor, quer do veículo, se existir, como, marca, cor, matrícula, etc...
  •  Não se lave e conserve todas as peças de roupa que vestia na altura da violação.   

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