Aliada a esta situação, os jovens aproveitaram também para mostrarem ao governo o seu desagrado perante a situação que atravessam, uma vez que grande percentagem dos jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos estão sem trabalho e colocados à margem da sociedade.
Os motins tiveram inicio nos arredores de Londres, onde se situam os bairros mais pobres e desfavorecidos do Reino Unido. Em poucas horas se alastraram a outras cidades como Manchester, Liverpool e Birmingham.
Prevê-se que face à imposição das medidas de austeridade, a situação piore e apareçam com mais frequência estas ondas de contestação violentas. Basta recordarmos da situação idêntica que teve lugar na Grécia, em que os jovens com o apoio de grupos anarquistas semearam o pânico e o terror, destruindo tudo aquilo que encontravam pela frente.
Nada justifica esta onda de violência que já causou prejuízos na ordem das centenas de milhões de libras. Há ainda a lamentar a morte de quatro pessoas.
Os criminosos, na sua maioria terão entre 10 e 18 anos e actuam de cara tapada para evitarem que as autoridades os identifiquem. Não mostram respeito por ninguém e causam o máximo de destruição. É lamentável ver na televisão, os jovens a partirem as montras, a pilharem o que lhes apetece e a incendiarem edifícios e habitações sem que ninguém os impeça e ainda se acham os maiores por conseguirem desafiar as autoridades.
Estes actos terroristas são de uma enorme gravidade e por isso a justiça britânica tem de ter mão pesada sobre quem os comete.
Penso que a actuação das autoridades britânicas devia ter sido mais firme e mais rápida de forma a não permitirem que os conflitos se prolongassem durante cinco dias.
Depois da policia limpar as ruas e restabelecer a ordem, deve haver uma profunda reflexão sobre o que aconteceu de forma a apurar responsabilidades.
O Reino Unido nos últimos dias transformou-se numa selva. Episódios como estes não podem voltar a acontecer.
As imagens são da autoria da agência Reuteus
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